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Ordem do Dia alusiva ao Dia do Material Bélico da Aeronáutica

Publicado: 2011-11-10 16:36:00

Ao efetuar uma retrospectiva na história da Força Aérea Brasileira, identificamos as passagens gloriosas de seu batismo de fogo nos campos de batalha da Europa.

Seis de outubro de 1944, sob o comando do Tenente Coronel Aviador Nero Moura, chega à cidade de Livorno, na Itália, o 1º Grupo de Aviação de Caça, composto por 350 militares brasileiros, comprometidos em defender os interesses da Pátria na Segunda Guerra Mundial.

Inicialmente, o 1º Grupo de Caça passou a fazer parte do Grupo de Caça 350, da Força Aérea Norte-Americana, juntando-se a outros três esquadrões daquele país. Os pilotos brasileiros iniciaram as operações, a partir de outubro de 1944, compondo esquadrilhas mescladas com pilotos americanos.

Em novembro, o 1º Grupo de Caça passou a planejar suas próprias missões, operando a partir de sua Base em Tarquinia. Assim, a data de onze de novembro de 1944, representou um marco inquestionável na campanha da FAB na Itália, pois, a partir dela, a Força Aérea Brasileira operou de forma independente, com suas aeronaves armadas pelo seu próprio efetivo de especialistas, chefiados pelo então 2º Ten Esp Arm Jorge da Silva Prado.

Nessa Campanha, o 1º Grupo de Caça voou um total de 5.465 horas de voo em combate, utilizando em cada aeronave P-47, 8 metralhadoras calibre 0.50 mm, 06 foguetes HVAR, de 5 polegadas, e até 1.134 kg de bombas, entre bombas de demolição de 500 libras, bombas de fragmentação e incendiárias, sendo lançados um total de 4.442 artefatos deste tipo.

No decorrer do tempo, as aeronaves se sofisticaram, necessitando de nossos militares um apurado conhecimento técnico-profissional, aliado a um comprometimento pessoal respaldado no legado desses pioneiros.

A Força Aérea Brasileira continua na busca do aperfeiçoamento dos seus sistemas bélicos, atividade da mais alta prioridade para o cumprimento da sua missão de garantir a soberania do nosso espaço aéreo.

Hoje, como naqueles dias, faz-se mister que as armas identifiquem nosso legado e que estejam sempre a postos. Portanto, o Sistema de Material Bélico da Aeronáutica, composto por militares e meios bélicos variados, exige todo tempo a nossa acurada atenção, que deve começar pela valorização dessa atividade que diferencia a aviação militar.

É com muita honra e orgulho, que ao instituirmos a data de hoje como o dia do Material Bélico da Aeronáutica relembramos e enaltecemos os feitos marcantes da nossa história, homenageando também os bravos profissionais que nos dias atuais, a despeito dos riscos e de dificuldades de toda ordem trabalham diuturnamente, contribuindo, muitas vezes de forma anônima, para tornar a nossa Força Aérea uma Força Armada pronta para a defesa da Pátria.


Ten Brig do Ar Ricardo Machado Vieira
Comandante-Geral de Apoio